A Divisão de Vigilância em Saúde de Palmas promoveu, nesta quarta-feira (27), palestra de conscientização de como evitar as "Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST's)". A capacitação foi solicitada pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Alcast do Brasil, empresa especializada na produção de panelas.
A chefe de Epidemiologia, Marilde Bueno e a professora Rosangela, do SENAI, ministraram conjuntamente a palestra. Ao contrário do que parece, segundo elas, muitas vezes as DST's não são propagadas apenas nos atos sexuais, mas outros tipos de contato como o beijo e o toque no local, também podem passar algumas.
Certos tipos de DST têm cura e o tratamento correto faz toda a diferença para a saúde de quem está ou tem o problema, assim como para os seus parceiros. Além disso, as DST's vão muito além do HIV, gonorreia e candidíase, que são bastante conhecidos.
A chefe de Divisão de Vigilância em Saúde, Karine Tobera, ressalta que é muito importante a prevenção dessas doenças. "Principalmente quando se fala em sifilis, onde está aumentando gradativamente dia a dia”, disse. Dai a importância de se proteger usando preservativos, eles estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde, ressaltou Karine.
Estudos recentes indicam que mesmo o ebola pode ser uma doença transmitida através do sexo, além do Mycoplasma genitalium, que nem sempre causa sintomas e os especialistas acreditam que grande parte da população o possui sem saber. Conheça os tipos de DST e como se prevenir de cada um deles:
HPV
HPV é a sigla para papiloma vírus humano. Ele infecta a uma camada do epitélio - parte interna da bexiga - que pode causar lesões benignas, como as verrugas genitais, e malignas como alguns tipos de câncer, sendo o câncer de colo de útero e o câncer de anus os mais comuns.
Existem mais de cem tipos de HPV e a grande maioria não causa câncer ou grandes complicações, uma vez que são combatidos pelo próprio organismo.
Formas de contágio: O HPV é transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada pelo vírus, sendo que a principal forma é a sexual, seja oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Por isso não é preciso ter penetração para se contrair o vírus.
Também é possível que seja transmitida durante o parto. De acordo com dados do INCA, 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos do vírus ao longo da vida, sendo que este número é ainda maior em homens.
A maioria destas infecções é transitória, ou seja, combatida espontaneamente pelo corpo e regride entre seis meses ou dois anos após a exposição.
Como prevenir: "O uso de preservativos é sempre indicado, mas não previne totalmente contra a transmissão do HPV, uma vez que este pode ser transmitido pelo contato mais superficial durante as preliminares. Daí a importância da vacina como estratégia preventiva".
"Existem dois tipos de vacinas disponíveis, e ambas devem ser aplicadas em três doses. A idade preferencial para o uso da vacina é a pré-puberal, ou seja, logo antes da idade sexualmente ativa, tanto em meninas quanto em meninos", diz a chefe de Epidemiologia Marilde Bueno.
O Papanicolau também é importante para detectar a doença precocemente.