O prefeito Dr. Kosmos Nicolaou conheceu, nesta terça-feira (29), dois laboratórios do Instituto Federal do Paraná (IFPR Campus Palmas), onde estão em desenvolvimento bebidas utilizando frutas típicas de Palmas. No primeiro, acadêmicas de Farmácia estão produzindo cerveja com aroma de amoras preta, rapadura e açúcar mascavo. No segundo, estudantes de Tecnologia em Alimentos desenvolvem um espumante à base de amoras preta.


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O professor de Farmácia, Ricardo Aparecido Pereira, orientador da pesquisa, ensinou ao prefeito parte do procedimento na produção de cerveja. Dr. Kosmos lembrou que recentemente a Prefeitura firmou parceria com o IFPR, para instalar no Campus Palmas, uma incubadora, ampliando as possibilidades dos estudantes para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias.


“Pensamos em produzir este experimento aqui e, após os testes no laboratório, levar para uma incubadora”, disse o prefeito. Investir na estrutura junto ao IFPR, ressaltou, é uma das metas da atual administração municipal. “Já assinamos o protocolo e a incubadora deverá entrar em funcionando já em janeiro de 2018”.


Dr. Kosmos lembrou que Palmas está na Rota da Cerveja e a Prefeitura quer, junto com a Insana, que é uma empresa genuinamente local, fomentar a cultura na cidade. “Esta cultura seria, não só a cerveja, mas o empreendedor. É isto que falta em Palmas e o curso, com tantos alunos e alunas, nos dá um incentivo maior”, ressaltou.


Animação
O professor Ricardo disse que a notícia da parceria da Prefeitura com o IFPR animou bastante a turma. “Queremos incubar a nossa produção de cerveja artesanal o quanto antes”, disse. De acordo com ele, ao iniciar a pesquisa, há aproximadamente um ano, uma das propostas era desenvolver um produto que tenha a cara de Palmas.


“Daí surgiu esta ideia de criar uma cerveja utilizando amoras preta como aromatizante desta cerveja, que com rapadura e açúcar mascavo, que é no estilo belga”, disse. O trabalho no laboratório envolve sete estudantes e serve como projeto de iniciação científica e desenvolvimento tecnológico da turma.


Além de amoras preta, o grupo já desenvolveu cervejas com outras frutas características de Palmas. “Desde o início do projeto, já produzimos sete safras com os sabores de pitanga, romã, abóbora e alecrim do campo”, informou Ricardo. Cada safra demora em média 30 dias para ficar pronta e ser envazada.


Lúpulo de Palmas
A equipe do curso de Farmácia recebe apoio e orientação do professor de Agronomia, Jessé Fink, que vem desenvolvendo estudos com o cultivo de lúpulo em Palmas. “Estamos com a ideia de desenvolver a pesquisa em cima desta cultura e temos uma parceria com a Insana, que já começou um projeto de desenvolvimento”, informou.


O lúpulo é uma planta conservante natural e que garante o sabor da cerveja. No Brasil, sua produção em grande escala não é tão simples devido as altas temperaturas. “A princípio, o clima de Palmas, mais frio, é propício para o lúpulo, obviamente dentro de algumas variedades”, disse Jessé Fink.


“Algumas variedades são mais para amargor da cerveja, outras para dar mais sabor e tudo isto tem que ser pesquisado”, completou. No Brasil, segundo ele, oficialmente e cientificamente não tem dados da produção do lúpulo.


Espumante
Próximo ao laboratório de Farmácia, está o laboratório de Tecnologia em Alimentos. No espaço, as estudantes Ana Carla Meneghetti e Catiuça Camile da Silva Vaz, há mais de um mês realizam estudos e produzem um espumante com aroma de amoras preta. “Em média, demora duas semanas para produzir o espumante”, disseram.


E concluíram: “Este tempo é por que, no nosso caso, usamos duas fermentações para chegar ao espumante”. Ana Carla e Catiuça Camile tem como orientadores os professores Kely Priscila De Lima e Diego Matos Fávero.

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