A Divisão de Vigilância de Saúde está oferecendo, nesta quarta e quinta-feira (09 e 10) no Instituto Federal do Paraná (IFPR – Campus Palmas), oficinas sobre sífilis aos profissionais de saúde em Palmas. A intenção é formar multiplicadores para a prevenção, controle e redução dos casos da doença na cidade.

Participam do treinamento médicos, enfermeiros e farmacêuticos que atuam no sistema público de saúde de Palmas. A capacitação, de acordo com a chefe da Divisão da Vigilância em Saúde, Karine Tobera,é em nível estadual e foi solicitada pelo Ministério da Saúde.

"O Paraná é o primeiro estado a cumprir com o acordo", frisou Karine. O primeiro dia da capacitação começou com oficina ministrada por Carla Archetti, chefe do setor de Vigilância Epidemológica, que tratou da Sífilis. O tema será abordado ainda pelas enfermeiras Marilde Antunes Bueno, Josiane Machado e Silvania Bussolaro.

De acordo com Marilde Bueno, de janeiro a julho deste ano em Palmas foram identificadas 25 gestantes portadoras de Sífilis e 16 casos da doença congênita (quando o bebê é contaminado ainda no útero da mãe).

“Precisamos capacitar todos os profissionais da saúde, médicos, farmacêuticos e enfermeiros, que assim estarão prontos para fazer o diagnóstico e o tratamento correto”, frisou Marilde.

Ainda de acordo com Karine Tobera, mais de 90 pessoas serão capacitadas. “Os números de sífilis estão aumentando cada vez mais e isso gera a necessidade de tratar do tema com os profissionais e atualizar os conhecimentos que cada um tem sobre a detecção da doença.”, ressaltou.

Doença
A sífilis é uma doença infecciosa divida em três tipos: adquirida (transmissão sexual), congênita (passa da mãe para o bebê) e em gestantes. A doença costuma ser assintomática, por isso é importante que as pessoas procurem os testes rápidos gratuitamente para verificar a possibilidade de infecção.

No Paraná em 2016, foram registrados, em média, 4 mil novos casos de sífilis adquirida, 649 casos congênitos e 1.680 casos em mulheres grávidas. A capacitação vai abordar o perfil epidemiológico, o manejo, discussão de casos clínicos, notificação, estratégias, entre outros.

“São assuntos que dizem respeito tanto aos setores de Vigilância quanto à Atenção Primária em Saúde. O trabalho integrado é essencial para reduzir cada vez mais os casos de sífilis no Estado”, concluiu Karine.

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