Desde o domingo, os recenseadores aprovados no treinamento começaram o trabalho de entrevistas domiciliares do 12º Censo Demográfico. Durante cerca de três meses, esses profissionais visitarão todos os domicílios do país, nos 5.565 municípios brasileiros.
Cada recenseador vai organizar seu horário de trabalho, a fim de conseguir entrevistar ao menos um morador de todos os domicílios que lhe foram designados. Caso ele não consiga encontrar moradores durante o horário comercial, fará visitas no horário noturno ou mesmo durante os finais de semana.
O IBGE conta com a colaboração da própria população para que o Censo atinja seus objetivos: os recenseadores não exigirão documentos que comprovem a veracidade das informações prestadas; assim o Instituto espera que os brasileiros respondam os questionários corretamente, para saber como está o Brasil e as condições de vida de seu povo.
Censo 2010
Revelará um novo retrato da sociedade brasileira, em um conjunto de informações demográficas, socioeconômicas e habitacionais. Investigando as características dos domicílios, as relações de parentesco, fecundidade, educação, trabalho, renda, cor e raça, deficiência e religião, entre outros, o Censo servirá de base para o planejamento público e privado da próxima década. Amplamente discutido com especialistas e usuários e atendendo a recomendações internacionais, o questionário do Censo 2010 trará perguntas capazes de verificar as transformações sociais desde a realização do Censo 2000.
Entre as novas questões sobre os domicílios, serão investigados a existência de medidor e a disponibilidade de energia elétrica; a existência de telefone celular, de motocicleta e de acesso à Internet; se algum morador emigrou para outro país e se há mais de um responsável pelo domicílio, entre outros.
Sobre os moradores, os recenseadores questionarão se há registro de nascimento para as pessoas com até dez anos, se recebem rendimentos provenientes de programas sociais, quanto tempo levam para se deslocar até o trabalho; a etnia ou povo a que pertence e a língua falada (para a população indígena) e a existência de cônjuges do mesmo sexo.

Em Palmas
Como é de praxe, a primeira pessoa ouvida pelos recenseadores é o prefeito municipal. E, em Palmas não foi diferente, Hilário Andraschko, recebeu em sua residência às 8h30, os recenseadores prestando todas as informações necessárias.
O prefeito salientou sobre a importância do recenseamento, pois o número de habitantes influencia em grande parte na arrecadação do município.
Todos devem prestar as informações que são sigilosas, dessa maneira é verificado um diagnóstico de como vive o brasileiro e consequentemente os palmenses. “Solicito a todos os moradores que prestem essas informações aos recenseadores. Para assumirmos um novo índice , deveremos ter 44.150 habitantes, passando ao índice 2.0, atualmente estamos no patamar de 1.8. Subindo de nível devemos ter um acréscimo no valor do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), de R$ 300 mil mensais , e mais outras vantagens. Atualmente recebemos verbas para atender 30 mil habitantes e temos que custear a saúde, a educação de 44 mil pessoas aproximadamente, justificou”.
Recenseadores
São 40 recenseadores que estão fazendo as visitas e mais cinco supervisores. Um em cada 10 questionários será de amostra contendo no máximo 108 questões. O questionário normal no máximo 37 perguntas. A entrevista demora entre 10 minutos no básico, e no de amostra aproximadamente 20 minutos.