A Campanha da Fraternidade de 2012 traz a reflexão sobre a realidade da saúde no Brasil, suscitando o espÃrito fraterno e comunitário das pessoas na atenção dos enfermos e na mobilização por melhoria no sistema público de saúde. Com esse sentimento, o prefeito Hilário Andraschko, desde que assumiu a administração de Palmas, em setembro de 2009, o vem transformado o sistema de saúde do municÃpio numa referência para a região Sudoeste do Estado.
Da implantação do Pronto Atendimento (PAM), às melhorias nas Unidades de Saúde, passando pela criação do Centro de Próteses e informatização do sistema, até a entrega gratuita de medicamentos, trabalhos de prevenção e conscientização a pacientes portadores de hiper tensão e diabetes, são algumas ações que podem refletir a realidade de um setor considerado como prioridade para a administração municipal.
Além disso, só nesse perÃodo, a prefeitura já gastou mais de R$ 1 milhão com transporte e estadia na Casa de Apoio, em Curitiba, para onde os pacientes de alta complexidade são encaminhados para tratamentos pré agendados pelo Departamento de Saúde. Até janeiro deste ano, foram realizadas 327 viagens à capital do estado, totalizando um gasto de mais de R$ 470 mil.
A prefeitura também mantém contrato com a Casa de Apoio, onde foram gastos, em quase 14 mil diárias o valor de R$ 605.705,71. “Tanto o transporte como a estadia dos pacientes é feito por meio de licitação que devem atender, através de preços compatÃveis e logÃstica adequada, as necessidades determinadas pela prefeitura, em relação a qualidade e bom atendimento dos serviços prestados”, esclarece o diretor do Departamento de Saúde, Aldmar Pedroso (Cacique).
A proprietária da Casa de Apoio, Leandre Dal Ponte, diz que em média, são atendidas 130 pessoas por mês, chegando a um total de quase 400 diárias. “Muitos pacientes em tratamento precisam retornar várias vezes. Alguns necessitam ficar hospedados vários dias, mas a maioria retorna no mesmo dia. Depende do tratamento a que estão submetidos”, informa ela.
Pelo contrato mantido com a prefeitura, a Casa de Apoio oferece a todos os pacientes café da manhã, almoço, janta e transporte para os hospitais e clÃnicas para onde os doentes são encaminhados. “Mesmo que retornem no mesmo dia para suas cidades, eles recebem, além da alimentação, roupa de cama e podem descansar enquanto aguardam a hora de voltar”, ressaltou a proprietária.
RESPEITO -“O atendimento melhorou 100%. Hoje tem ônibus decente para levar e trazer os doentes. Antigamente se fazia uma viagem dessas sem menor comodidade, onde as pessoas iam amontoadas. A gente chegava lá pior do que quando ia”, compara o lavrador, Manoel Nunes da Silva, 62 anos, que viaja para Curitiba desde 2008 para tratamento de um câncer no olho esquerdo, provocado por um acidente de trabalho.
Ele, que vive com a esposa no assentamento Margem do Iratim, conta que nesses últimos anos as pessoas tem sido tratadas com mais dignidade, respeito e consideração pelo Departamento de Saúde. “Tudo melhorou, não só o transporte e a Casa de Apoio. Todo medicamento que preciso é fornecido gratuitamente pela Saúde. Eu só tenho a agradecer pelo apoio que tenho recebido”, reafirma Manoel.
Para Maria da Conceição Marquezote de Oliveira Moura, 45 anos, o tratamento da filha Ana Gabriele, de 8 anos, tem sido muito penoso. Ao nascer a menina sofreu um desvio no quadril. Já foi operada mas não houve sucesso na cirurgia realizada em Pato Branco. Agora ela está sendo acompanhada por um ortopedista na capital. “Tenho sido muito bem atendida pela Saúde em Palmas e em Curitiba. Se não fosse o apoio que recebemos, não sei como seria. Só quem precisa e passa por problemas de saúde é que sabe a importância dessa ajuda”, desabafa Maria.
Dona Lourdes de Fátima dos Santos Padilha, 52 anos, lembrou o Dr. Fernando, falecido em acidente a pouco tempo. “Sou muito agradecida por toda ajuda que o Dr. Fernando me deu. Ele sempre tratou todos com muito carinho e respeito. Se hoje estou aqui podendo me tratar é graças a prefeitura”, conta Lourdes. Ela foi a Curitiba para fazer exames e tratar de úlcera varicose e problemas na vista.
Ela trabalhava como diarista, mas em função desses problemas não teve mais condições de continuar. Hoje ela mora com uma filha. “Eu só tenho palavras de agradecimento. Sou atendida com muito carinho e respeito tanto em Palmas como em Curitiba. A gente chega aqui com tudo encaminhado. O pessoal da Casa de Apoio leva e traz. Quem está com problema de saúde já está sofrendo. Ninguém fica doente porque quer. Mas essa atenção que a gente recebe, ajuda na recuperação”, revela Lourdes.
Segundo a responsável pela Casa de Apoio, é possÃvel avaliar que o setor da saúde de Palmas melhorou muito nos últimos anos. “Temos observado, através de conversas com os pacientes, que o municÃpio tem investido muito nessa área. Isso é muito bom porque essas pessoas precisam de bom atendimento. A vida deles depende dessa assistência com dignidade e respeito pela pessoa humana”, declara Leandre.