O Departamento de Ação Social e a Divisão de Meio Ambiente promoveram uma confraternização de Natal aos carrinheiros cadastrados pela prefeitura. Na oportunidade eles receberam os novos jalecos que identifica os catadores e comemoraram o final do ano com um lanche, corte de cabelo, e doação de roupas arrecadadas pelo Departamento de Ação Social.

O chefe da Divisão de Meio Ambiente, Jean Cesca, disse que os catadores que a prefeitura cadastrou fazem parte do programa Carrinheiro Cidadão. “Pelo programa, eles adquirem a cesta básica por 30% do valor total, porque a prefeitura paga 35% e o barracão que compra os materiais, doa os outros 35%, informou Jean.

A diretora do Departamento Social, Terezinha Faber, explicou que o trabalho com os catadores é feito em parceria com a Divisão de Meio Ambiente porque há necessidade de desenvolver ações de natureza sócio ambientais. “Desde que o trabalho começou, no ano passado, foram realizadas muitas reuniões onde foram discutidos temas de organização da categoria, conscientização, auto ajuda, conflitos familiares e valorização do papel do catador”, frisou a diretora.

Para a assistente Social, Cleide Sperotto, que trabalha com os catadores, antes do programa eles se sentiam inferiorizados. “Hoje eles se sentem mais valorizados e com a auto-estima melhor. Nós mostramos a eles que o trabalho de catador é tão importante quanto qualquer outra profissão e também desenvolvemos a idéia da organização coletiva, para melhorar o desempenho da atividade”, enfatizou a assistente social.

De acordo com ela, o próximo passo é incentivar a população a priorizar a entrega dos materiais recicláveis aos catadores identificados, que estarão usando o jaleco do programa Carrinheiro Cidadão. “Isso vai fazer com que eles criem um vínculo com a comunidade e valoriza a profissão do catador”, afirmou Cleide.

COMEMORAÇÃO - A confraternização de final de ano entre os carrinheiros foi comemorada com alegria pelos participantes. Nilso dos Santos, catador há mais de 10 anos, aproveitou para fazer o corte do cabelo. A esposa, Julia Lucia da Silva, que divide o trabalho com o marido estava feliz em escolher algumas peças de roupas e com o novo uniforme que vão começar a usar.

“O jaleco evita que a gente estrague as roupas e também nos identifica perante as pessoas. Acho que impõe mais respeito e facilita o contato. Foi muito bom receber o uniforme”, ressaltou Júlia.

Dorvalino Ricardo, que trabalha há 13 anos como carrinheiro, falou que a profissão é difícil, mas é dela que ganha o sustento. “Estou contente com a comemoração que estamos tendo. É bom saber que as pessoas dão valor ao que fazemos”, revelou.

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