Em pleno século XXI a sífilis, uma doença antiga na história humana, da qual se conhece o agente causador, o método de transmissão, os cuidados preventivos e para a qual há um tratamento simples e relativamente barato, está aumentando sua incidência na população.
Mais que isso, mulheres jovens, em idade fértil, estão se contaminando mais frequentemente e a sífilis congênita, consequência imediata, está aumentando de forma preocupante.
Com esta preocupação a 7ª Regional de Saúde de Pato Branco está realizando a capacitação e atualização de dados sobre a doença em todos os municípios de sua responsabilidade.
Na quarta-feira (10), foi a vez de Palmas e Cel Domingos Soares receber as informações atualizadas sobre a sífilis.
Divididos em duas turmas os profissionais de saúde acompanharam a palestra realizada pela chefe do setor de epidemiologia da 7ª Regional, Carla Archeti, conforme ela a capacitação dos profissionais  com mais conhecimento e preparo servirá para conscientizar a população para evitar a contaminação, “a capacitação esta sendo realizada em todos o municípios para avaliarmos o controle da sífilis. Estamos vivendo um momento de epidemia desta doença, não somente na nossa regional, mas também no Estado e no país”, alerta.
Segundo ela a sífilis possui protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, estes cuidados e acompanhamentos serão realizados por profissionais bem capacitados, “precisamos oferecer mais testes rápidos para a população, afim de identificarmos precocemente a doença, para realizarmos todos os tratamentos disponíveis na rede pública de saúde. Contudo ainda há muita falta de conscientização em relação a prevenção”, assegura Carla.
Sintomas da sífilis nos adultos
A sífilis vem em 3 fases, que podem durar anos. Os sintomas são: primeiro aparece uma lesão vermelha, pequena, que não dói e não coça na região genital de homens ou de mulheres contaminados. Chama a atenção uma ou mais  “bolinhas” ou “caroços”, que são os gânglios, que podem aparecer na virilha. Fique atento e é importante que você seja diagnosticado  e receba o tratamento nesta fase. Esta é a sífilis que chamamos de “primária”. No entanto, muitas pessoas desavisadas não ligam e essa lesão desaparece. Acham que estão curadas. Só que a bactéria persiste no organismo  e avança no seu caminho de comprometimento.
Quando não tratada, depois de 6 semanas a 6 meses, a sífilis vira “secundária”. Aparecem lesões vermelhas no corpo, principalmente na palma das mãos e plantas dos pés, que também não coçam e não doem. Se não tratada, pode evoluir para a sífilis terciária, que pode levar até ao óbito.
Identificação da doença
O diagnóstico é simples, e basta um exame de sangue. Todas as gestantes devem realizar e iniciar o tratamento, que é feito com penicilina, o quanto antes.
Não se descuidem. Adolescentes, jovens e adultos de todas as idades, que tenham vida sexual ativa, devem se proteger. Moças em idade fértil tem a obrigação de se proteger e, consequentemente, proteger a saúde de seus futuros filhos.       
Prevenção
A representante da 7ª Regional orienta para a prevenção da infecção, “a sífilis, ou lues, é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode também ser transmitida verticalmente, da mãe para o feto, por transfusão de sangue ou por contato direto com sangue contaminado. A população, principalmente os jovens, devem fazer uso do preservativo, que é o único meio de se proteger, não só da sífilis como também de outras doenças”, aconselha Archeti.