O espetáculo “A Lenda das Cataratas” será exibido em Palmas nesta quarta-feira, dia 03 de julho, no Centro de Cultura Dom Agostinho Jose Sartori, às 20 horas.
A peça chega na cidade através de uma parceria entre o Departamento de Cultura e a Secretaria Estadual de Cultura, a montagem será apresentada por bailarinos da Cia de Dança de Curitiba.
O espetáculo tem como inspiração a lenda indígena que conta a formação das Cataratas do Iguaçu, uma das sete maravilhas da natureza, visitadas por vários turistas todos os anos.
Em cena, a lenda das Cataratas do Iguaçu é centrada nas vidas dos índios Naipi e Tarobá, que vivem em uma aldeia Caigangue, às margens do Rio Iguaçu.
LENDA DAS CATARATAS
Espetáculo de dança contemporânea que tem como inspiração a lenda indígena que conta a formação das Cataratas do Iguaçu: antes de tudo o rio Iguaçu era calmo e corria sem nenhuma catarata e nas margens desse rio existia uma tribo de Índios Caingangues. Essa tribo adorava o deus Tupã e seu filho, deus Mboi, um deus em forma de serpente que vivia nas águas do rio Iguaçu. Os índios desta tribo ofereciam como sacrifício para o deus Mboi as Virgens mais belas da tribo, até que certo dia Naipi, filha do cacique Igobi, uma índia dona de uma beleza tão grande que as águas do rio paravam toda vez que ela se olhava nele, foi escolhida para ser destinada ao deus Mboi. Durante o ritual de consagração de Naipi para o deus cobra, enquanto o cacique e pajé bebiam o cauim (bebida de milho fermentado), o jovem guerreiro Tarobá, que era apaixonado por Naipi fugiu com ela dentro de uma canoa pelo rio. Ao saber da fuga, Mboi ficou furioso e penetrou nas entranhas da terra se contorcendo o que produziu uma enorme fenda que acabou formando as cataratas. Naipi e Tarobá acabaram envolvidos pelas águas e nunca mais foram vistos. A lenda ainda diz que Naipi foi transformada na rocha central das cataratas, a qual é constantemente
açoitada pelas águas revoltas do rio Iguaçu e Tarobá foi transformado em uma palmeira que está na ponta de um abismo, pendendo sobre a garganta do rio. Abaixo da palmeira existe uma gruta onde o deus vingativo Mboi vigia eternamente os dois amantes vítimas de seu ódio que estão presos tão próximos um ao outro, mas sem poder estar realmente juntos. A lenda fala acima de tudo sobre o amor, sua inocência, pureza e emoção. Lenda das Cataratas é uma obra coreográfica dentro de uma dramaturgia corporal que investiga os códigos da dança contemporânea e que busca traduzir por meio da dança elementos corpóreos e sensitivos que possam expressar a ideia que inspirou essa criação.