Apresentação de artes cênicas, dança, capoeira e música marcaram a o dia da Consciência Negra, na escola municipal Oscar Rocker em Palmas. Também foi servida uma feijoada para mais de 400 pessoas, incluído alunos, professores e convidados. As comemorações fazem parte do projeto Resgatando a Cultura Afro-Brasileira, instituída no currículo oficial da rede de ensino de todo o Brasil, desde 2003.

A data de 20 de novembro foi escolhida como Dia da Consciência Negra, em homenagem ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, considerado o herói da resistência da escravidão no Brasil. “É uma data de reflexão marcada pela luta contra o preconceito racial. É na escola que valores sociais e morais são reforçados”, salientou a coordenadora do projeto da escola Oscar Kocker, Terezinha Ramos.

Ela disse que neste ano, as atividades trouxeram uma série de inovações. “Durante todo ano nós realizamos palestras e debates sobre a cultura afro-brasileira e, para esta data, nossa programação foi incluiu outras escolas do município, tanto as estaduais como particulares. Além das apresentações, também servimos a comida típica trazida pela cultura negra, muito apreciada pelos brasileiros, que é a feijoada e a canjica”.

A professora Maria Isabel Aires Farias, que responsável por fazer a feijoada, relatou que foram utilizados 25 quilos de feijão para atender as mais de 400 pessoas que compareceram ao evento, além dos complementos. “Este é o segundo ano que fazemos a festa. É um momento que devemos lembrar não apenas das tristezas pela qual passaram os escravos, mas da cultura e os costumes que nos deixaram e que fazem parte das nossas vidas”.

Para a diretora da escola, Joci Cordeiro Guerios, a idéia do encerramento festivo em comemoração ao Dia da Consciência Negra, visa reforçar o que foi ensinado durante o ano.”Nos propomos a trabalhar a valorização da cultura afro-brasileira como espaço democrático, reflexivo e transformador em todos os aspectos, seja através da arte, da musicalidade, da expressão corporal ou da religiosidade, não só como mais uma ferramenta no processo de ensino mas evidenciando a beleza de sermos seres humanos de todas as raças, todas as cores, exercendo a cidadania em sua plenitude”, concluiu a diretora.

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