Os empresários do setor de transformação de madeira (compensados) de Palmas estão se mobilizando para procurar alternativas para driblar a forte crise que o segmento vem passando nos últimos anos.

E uma iniciativa da Prefeitura de Palmas, Sindicato da Indústria Madeireira de Palmas (Sindipal) e Associação Comercial e Empresarial (Acipa) promoveu um importante encontro na manhã de terça-feira (08) no auditório da Acipa.

E segundo o Diretor Superintendente do Terminal de Contêineres de Paranaguá, Juarez Moraes e Silva, a vinda a Palmas de um grupo de empresários do sistema portuário do Porto de Paranaguá focado na operação de contêineres tem a intenção de incrementar a integração, discutir as melhores práticas operacionais e logísticas. “Palmas representa a liderança no setor madeireiro, apesar das crises dos últimos tempos, tanto pela taxa cambial somada a crise dos Estados Unidos, um grande demandante dos produtos brasileiros. Mas apesar deste contexto é um setor expressivo e temos a obrigação de compor a cadeia logística e oferecer o melhor custo, uma operação mais rápida de maneira a tornar cada vez mais o setor mais competitivo”, apontou Silva e frisou que o objetivo é debater com as empresas que compõem a liderança deste setor e haver uma integração melhorando a cadeia logística.

O prefeito Hilário Andraschko salientou a iniciativa como sendo importante para o setor de exportação de Palmas. “Na época em que foi diretor do Porto de Antonina, Juarez já havia manifestado o desejo de criar um terminal exclusivo para os compensados. Agora nossos empresários tiveram a oportunidade de estreitar esse relacionamento e buscar novas alternativas para incrementar uma logística adequada, uma vez que a crise internacional está gerando grandes expectativas entre os exportadores”, disse.

Reivindicações
Os empresários de Palmas estão buscando melhorias contínuas, e diante deste aspecto, o Porto de Paranaguá deve ser mais rápido, mas para isso ocorra os elos da cadeia devem que estar absolutamente alinhados fazendo com que a operação seja rápida e com um custo mais competitivo. “A reivindicação dos empresários de Palmas é justa para que seja otimizado o transporte, para que se não espere na fila, que a mercadoria embarque na data prevista e que os custos sejam competitivos para que toda essa cadeia de forma integrada possa funcionar. Isso deve ser discutido através do diálogo com os representantes das cooperativas de transporte, dos terminais da retroárea e do terminal de contêineres que são os principais elos de ligação a partir de que a carga sai de Palmas e vai até Paranaguá”, assinalou.

Investimentos no Porto de Paranaguá
Essa reunião também teve a intenção de avançar em vários pontos, e dentre eles, um projeto de interiorizar o porto de Paranaguá para os produtores do setor produtivo. Sendo assim, está sendo investido no Porto de Paranaguá, o segundo porto brasileiro que precisa de constantes investimentos, em especial na questão marítima, de seu calado e com dragagens.
De acordo com o diretor superintendente, o governo do Paraná já fez uma dragagem emergencial em fevereiro para atender a safra de soja, milho e farelo, e agora vai iniciar outra campanha para receber os maiores navios do mundo para esta região que estão chegando todo ano com comprimentos e calados maiores. “No terminal será inaugurado neste segundo semestre um pacote de investimentos de 185 milhões reais, basicamente em equipamentos de keiser e pátio, e também ampliando o cais. Temos hoje dois berços de atracação de navios com 564 metros de comprimento e iremos receber mais um, serão três navios operando simultaneamente, uma obra que deverá acontecer em 14 meses”, destacou, e ao concluir, teceu elogios ao prefeito Hilário, pois, lembrou Silva quanto esteve no município, há 10 anos, Hilário já era chefe do executivo, mostrando que a população tem um carinho especial por ele.

O diretor do Departamento de Indústria e Comércio, Vanderlei Dalla Vecchia, explica que “a idéia do encontro é discutir com a comunidade empresarial do município um maior intercâmbio comercial, uma vez que Palmas é responsável por 40% de todo compensado produzido no Brasil”.

O empresário José Carlos Januário revelou um levantamento sobre os dados das exportações de compensados de Palmas. E pela desvalorização do dólar a indústria do município que em 2007 movimentou 44, 2 mil contêineres, em 2011, foram pouco mais de 18, 3 mil contêineres. E hoje em dia são 1.200 contêineres mensais, mas em outros períodos esses valores duplicavam. Ele também alertou que os portos de Santa Catarina tem um custo 17% menor que o do Paraná.


Galeria de imagens