Enfermeiros da rede municipal de saúde receberam, na última terça-feira (03) capacitação sobre Sífilis. A qualificação aconteceu no bloco marrom do PAM e os 17 profissionais participantes farão parte do Comitê Municipal da Prevenção a Sífilis.
A capacitação, foi realizada pela responsável do Comitê de Prevenção a Sífilis da 7ª Regional de Saúde, Carla Belmont Archetti, e teve como objetivo fortalecer ações nas áreas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. “Essa ação que nossa equipe veio realizar em Palmas é uma investigação dos casos de Sífilis, para assim darmos início ao trabalho do Comitê Municipal de Prevenção”, disse Carla.
Carla também explica que “Já existe um Comitê Regional, e hoje o objetivo é realizar o tratamento precoce, para que as gestantes estejam saudáveis e a criança não acabe nascendo infectada. Palmas hoje tem uma epidemia desta doença, pretendemos unir nossos conhecimentos e fazer com que cada estratégia assuma a responsabilidade de tratar a Sífilis em pacientes da sua área, e assim diminuir o número da doença”.
Em Palmas, em 2017, foram constatados 165 casos de Sífilis adquirida em adultos, 56 casos de sífilis em grávidas e 30 casos de sífilis congênita, ou seja, crianças que nascem com a doença adquirida pela mãe. Já no ano de 2018 a média de casos até junho foi de 59 casos adquiridos em adultos de ambos os sexos, 22 em gestantes e 9 casos de sífilis congênita.
“Nosso município é muito pequeno para ter esse número alarmante de casos, estamos vivendo uma situação que chama a atenção, principalmente pela idade cada vez mais jovem que as crianças estão sendo infectadas”, destaca a responsável do Comitê do Município de Palmas Josiane Clarice B. Machado.
A enfermeira Marilde A. Bueno, responsável pela vigilância epidemiológica acredita que ações de prevenção podem reduzir a prevalência dessa doença.“O número de casos do município é grande, e nós como responsáveis pelo Comitê local realizaremos ações que visem o esclarecimento da população sobre a importância da prevenção e do tratamento da sífilis em gestantes durante o pré-natal e da sífilis em ambos os sexos, como doença sexualmente transmissível” esclareceu Marilde.
A sífilis pode ser transmitida por bactéria durante transfusão sanguínea ou relações sexuais sem prevenção. Se não for tratada corretamente, futuramente a infecção pode causar lesões no cérebro, no coração e nos ossos. E o mais grave, como a doença também pode ser passada da mãe para o filho, ela pode causar, inclusive, má formação do feto - como alterações ósseas, surdez neurológica, dificuldades no aprendizado e retardo mental.
Os maiores sintomas da sífilis ocorrem nas duas primeiras fases da doença, período em que é mais contagiosa. Ela se inicia com feridas nos genitais e outras áreas do corpo como boca e ânus, que podem desaparecer espontaneamente, dando a falsa impressão de cura.