Enfermeiros, agentes comunitários e técnicos em enfermagem do Departamento de Saúde de Palmas, participaram nesta segunda-feira (22) de uma palestra sobre hanseníase, feito pela Coordenadora Estadual do Programa de Controle da Hanseníase, da Secretaria Estadual de Saúde, Nivera Stremel. A finalidade do encontro foi esclarecer e orientar os funcionários do setor sobre as manifestações da doença e destacar a importância do papel do agente comunitário na descoberta de casos e divulgação dos sinais e sintomas.
Para Nivera, os agentes comunitários conhecem a comunidade melhor que ninguém, e eles são agentes multiplicadores da informação. Esta é uma forma de fazer a prevenção ou buscar o tratamento logo no início. Com 15 dias de tratamento, o paciente já não corre o risco de transmiti-lo. A Hanseníase é um bacilo que pode levar de dois a cinco anos para se incubar e se manifestar no organismo. Ao se tratar, o paciente fica curado e pode levar uma vida normal, afirma a Coordenadora Estadual do Programa.
Segundo ela, a Secretaria Estadual de Saúde, orientada pelo Ministério da Saúde, está empenhada no sentido de buscar todas as formas de enfrentar esse desafio e fazer com que o Paraná consiga erradicar a doença. Por isso estamos correndo os municípios, esclarecendo e orientando todos os servidores públicos da área de saúde. O conhecimento é a melhor forma de combater e controlar a hanseníase, justificou Nivera.
O Brasil é o segundo país no mundo em casos de Hanseníase, ficando atrás apenas da Índia. Embora os maiores índices da doença estejam nas regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste do País, o Paraná registrou no ano passado 1.077 casos, e neste ano já foram contabilizados 503 infectados pela doença. Em todo Brasil a cada ano surgem 40 mil novos casos.
De acordo com Noris Ribeiro da Silva, coordenadora do Programa de Controle da Hanseníase da 7ª Regional de Saúde que atende a cidade de Palmas e mais 14 municípios, a região apresentou, entre 2010 e 2011, 43 casos da doença, sendo 13 só neste ano. A hanseníase é uma doença que tem cura e o tratamento é gratuito podendo durar de seis meses até um ano, dependendo da sua evolução, explica Noris.