O cronograma para implantação do Complexo Eólico Palmas II será foco da audiência pública do Instituto Ambiental (IAP) na quinta-feira (1º de março), a partir das 19h no Centro de Cultura Dom Agostinho José Sartori de Palmas, no Sudoeste do Paraná. A informação é do diretor executivo, Pedro Luiz Fuentes Dias, da Cia Ambiental, empresa que realizou os estudos do impacto ambiental do empreendimento.

A audiência pública do IAP integra o conjunto de ações fundamentais para concessão, por parte do órgão de fiscalização ambiental do Estado, da Licença Prévia (LP), que determinará a possibilidade de instalação do empreendimento. A expectativa, segundo Pedro Dias, é que as questões ambientais sejam sanadas até o final do ano e as obras comecem no início de 2019.

O Complexo Eólico Palmas II, que reúne várias empresas, será instalado na região do Horizonte, distrito localizado na área rural de Palmas e será formado por sete parques que irão abrigar 100 torres com capacidade de geração de 200 MW (Megawatt). A expectativa é que as obras comecem no início de 2019, com investimento superior a R$ 1,2 bilhão e geração de aproximadamente 500 empregos diretos.

A implantação do complexo eólico vai refletir positivamente na economia e na qualidade de empregos em Palmas. "Além de elevar a arrecadação do município com impostos, as obras usarão prioritariamente mão de obra local", destacou o prefeito Dr. Kosmos Nicolaou, ao participar da reunião de apresentação na última quinta-feira (22).

Estrutura
Os trabalhos para elaboração do EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental), promovidos pela Cia Ambiental, demoraram dois anos para serem concluídos, informou Pedro Dias. A análise, entregue em maio do ano passado o IAP, incluiu ainda o estudo das correntes de ventos dos campos de Palmas.

O potencial eólico de Palmas começou a ser medido em 1995, com o Projeto Ventar, coordenado pela Copel. A montagem dos atuais cinco aerogeradores da Usina Eólica durou uma semana e foi encaminhada pela Centrais Eólicas do Paraná. A entrada em operação ocorreu em 1999. "Toda tecnologia para geração de energia elétrica através dos ventos começou em Palmas", disse Pedro Dias.

"Depois esqueceram de Palmas", ressaltou o diretor executivo da Cia Ambiental. A capacidade instalada de energia eólica no Brasil cresceu 28,1% em 2017, indicam dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPA), órgão do governo responsável por estudos do setor energético. Em todo país, estão instalados 500 parques de geração, que produzem 8,1% de toda capacidade do Brasil.

Favorável
Outro dado interessante que vai favorecer a aprovação pelo IAP do novo complexo eólico nos Campos Palmas, é que a ele será implantado junto com a linha de transmissão. Toda energia produzida será levada para a subestação da Copel já existente em Palmas, que também será ampliada.

A expectavia é que a instalação do complexo esteja concluída num prazo de três a cinco anos. "Hoje, o Paraná tem 0,2% da capacidade instalada de energia eólica do país. Palmas tem um grande potencial que está chamando a atenção das empresas do setor", destacou Pedro Dias.

Ainda segundo o diretor executivo da Cia Ambiental, a mão de obra que será treinada na cidade, terá grandes possibilidades de ser aproveitada em novos empreendimentos. "A energia elétrica produzida por aerogeradores é renovável e não poluente e isto vai ao encontro das novas tendências ambientais", concluiu.

SERVIÇO
Audiência pública do IAP sobre o Complexo Eólico Palmas II
Dia e horário: Quinta-feira (1º de março), às 19h
Local: Centro de Cultura Dom Agostinho José Sartori
Cidade: Palmas - Paraná