O volume de grãos de soja, na safra 2017/2018, deverá ser aproximadamente 5% maior que o total colhido no ano passado em Palmas, no Sudoeste do Paraná. A estimativa é do Engenheiro Agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral), Josemar Bannach Fonseca, com base em informações do setor produtivo. A colheita deve movimentar aproximadamente R$ 120 milhões.
Na safra passada, de acordo com Josemar Fonseca, o volume chegou a 105 mil toneladas. Para este ano, a projeção é alcançar as 110 mil toneladas. “O aumento na produção é resultado ao do crescimento da área cultivada", explicou o engenheiro agrônomo.
A área cultivada em Palmas é de aproximadamente 33 mil hectares. O início da colheita deverá ocorrer nos primeiros dias de março, quando a planta já estiver pronta para ser retirada da lavoura.
A plantação, de acordo com os dados do Deral, está dividia em aproximadamente 100 produtores de grande, médio e pequeno porte. A produção gera, direta e indiretamente, mais de mil empregos, principalmente na época de safra.
O plantio do grão, em outubro do ano passado, ocorreu no período tardio em função das intempéries climáticas. Em outras regiões, começou a ser feito ainda em setembro. "Graças a isso, a produção será maior que a estimada, pois escapou do período de estiagem registrado no início da plantação", disse Fonseca.
“O clima afeta a produção. Chuva e sol em excesso acabam prejudicando o desempenho dos grãos", ressaltou o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Palmas, Edson Cassaniga. As baixas temperaturas, incomuns para este período ano, podem trazer alguma dificuldade, avaliam os produtores.
Destino
A maioria do volume colhido em Palmas é transformado em semente para os próximos anos, informa o Deral. Os grãos também são utilizados para a produção de óleo ou farelo de soja, além de uma grande quantidade, in natura, ser exportada para India e China. A estimativa é que a safra movimente aproximadamente R$ 120 milhões.
Ano após ano, a produção de soja vem aumentando na região, devido a lucratividade que o mesmo possui, destaca Josemar Fonseca. Segundo ele, com isto, foram ficando para trás outros grãos como o feijão, milho e arroz, que vem perdendo espaço nas lavouras da região.
Atualmente, Palmas disputa com Clevelândia o posto de segunda maior produtora de soja no Sudoeste do Paraná, ficando atrás apenas de Mangueirinha, que tem a maior área cultivada, superior a 40 mil hectares.
Crescimento
A estimativa financeira da produção de soja em Palmas cresceu mais de 2.400% nos últimos anos. O grande crescimento se deu por conta das áreas de produção que aumentaram de forma considerável na última década, passando de oito mil hectares, em 1996, para 33 mil em 2018.
“A cada ano vemos uma crescente na produção de soja em toda a região, além do grão a cultura da batata também tem aumentado de forma considerável”, ressaltou Josemar. O soja é o produto mais exportado pelo Brasil, superando minério de ferro e na safra 2016/2017, rendeu à economia brasileira mais de R$ 117 bilhões.
O maior produtor de soja no país é o Mato Grosso, com 27% da safra, em segundo lugar vem o Paraná, com 17% e em terceiro o Rio Grande do Sul com 16% da produção. A soja é usada como ração de animais e em outros alimentos consumidos pelos brasileiros, como o óleo de cozinha, shoyu, leite de soja, margarina e salsicha. Na área da cosmética é utilizado em tintas e vernizes, no campo da indústria mais de um milhão de brasileiros têm trabalhos ligados à soja.