A Secretaria de Saúde promove, no próximo sábado (27), uma ação contra a hanseníase na Praça do Senhor Bom Jesus, na região central de Palmas, no Sudoeste do Paraná. A mobilização, coordenada pela Atenção Básica e Vigilância em Saúde, será das 8h às 12h e faz parte da campanha "Todos Contra a Hanseníase".
Durante o ato, serão oferecido às população testes de hanseníase e explicação sobre os sintomas. "As pessoas que forem atendida terão possíbilidade de fazer a aferição de pressão arterial, teste de glicemia capilar, tipagem sanguínea, testes rápidos, todas estas ações desenvolvidas por equipes especializadas", informa Karine Tobera, chefe da Vigilância em Saúde.
A hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória. Os casos diagnosticados devem ser informados, utilizando a ficha de notificação e investigação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
Segundo Karine, as equipes trabalham para orientar e sensibilizar quanto à importância dos cuidados com a doença, bem como diagnosticar o maior número de casos. “O diagnóstico precoce é muito importante, já que o agravo pode levar a incapacidade física, quando não tratada de maneira adequada", destacou.
"O tratamento é gratuito e oferecido em todas as Unidades de Saúde do Município e nos colocamos à disposição", ressaltou Karine.
A doença
A hanseníase atinge pele e nervos periféricos, podendo levar a sérias incapacidades físicas. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado ao poder imunogênico do M. leprae. A hanseníase parece ser uma das mais antigas doenças que acometem o homem.
As referências mais remotas datam de 600 a.C. (Antes de Cristo) e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, são consideradas o berço da doença. A melhoria das condições de vida e o avanço do conhecimento científico modificaram o quadro da hanseníase, que há mais de 20 anos tem tratamento e cura.
“A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae. A hanseníase não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada”, concluiu Karine Tobera.