A colheita de morangos hidropônicos da safra 2017/2018 já começou na Chácara do Encanto, na área rural de Palmas, no Sudoeste do Paraná. No local, são cultivados 16 mil pés que rendem, em média 600 quilos do pseudofruto por semana. Em 2018, o produtor quer aumentar o cultivo para 40 mil pés e produzir aproximadamente 40 toneladas ao ano.
A produção de morangos hidropônicos, idealizada há pouco mais de dois anos pela família Fabris (Heitor e Rosanda), é comercializada em supermercados e feiras de Palmas e região. O excedente é transformado em geleia e licor ou congelado para reaproveitamento no período da entressafra.
No entanto, a venda do produto não está restrita às feiras e supermercados. O consumidor que se dispõe a ir até a chácara, tem a grata surpresa de poder colher os morangos da planta. "Andar no meio dos canteiros, olhando e tocando os morangos, dá uma sensação muito agradável", conta Nádia de Souza, já conhecida no local.
Um encanto
A Chácara do Encanto, que fica a dois quilômetros da área urbana de Palmas, mantém o portão aberto durante todo o dia. Seu Heitor e dona Rosanda contam que tudo começou como um hobby. Hoje a produção de morango hidropônico se tornou a principal fonte de renda que mantém a propriedade.
“Desde que viemos morar aqui, já começamos a cultura da hidroponia, que consiste em cultivar o morango sem o solo, suspenso", informou o produtor. "No alto, as frutas ficam mais distantes das pragas, o que reduz o uso de inseticidas e garante morangos maiores e mais atraentes aos consumidores”, destacou.
A meta, segundo Heitor Fabrir, é alcançar, em 2018, 40 mil pés, o que vai render uma produção de 40 toneladas por ano. Atualmente, a variedade Sandreas, produz em média, por pé, um quilo de morando, alcançando aproximadamente 150 quilos a cada dois dias, período em que é realizada a colheita.
“Chegamos a colher um morango com 92 gramas, o maior até hoje", comentou Rosanda Fabris. "Nossa estufa está sempre produzindo, por isso as pessoas podem vir até aqui visitar e colher sozinhas aquilo que querem levar”, completou.
Panorama
A melhor época do ano para plantar as mudas, que são trazidas do Chile, é o mês de maio. A informação é do diretor do Departamento de Agricultura e Meio Ambiente, Edson Cassaniga, que ainda lembrou da importância que a produção da fruta vem apresentando em Palmas.
“Além de venderem para os mercados da cidade, eles participam do Programa de Aquisição de Alimento (PAA) e uma boa parte destes morangos vai para as escolas, abrigos e a casa de passagem da cidade”, disse Cassaniga.
As primeiras mudas, conta Fabris, foram importadas do Sul do Chile, na região da Patagônia. A planta gosta de clima frio e a adaptação em Palmas, umas das regiões mais frias do Sul do país, não apresentou dificuldades.
“Queremos convidar toda a região para que visite nossa Chácara. Todos serão muito bem recebidos e poderão conhecer mais de perto a nossa produção”, convidou Rosanda. A Chácara também possui um perfil Facebook, que pode ser acessado clicando AQUI.