Começa nesta segunda-feira (20), a partir das 19h, o VIII Encontro da Consciência Negra de Palmas, no Sudoeste do Paraná. A mobilização, no Colégio Estadual Quilombola Maria Joana Ferreira, é da Comunidade Quilombola Adelaide Maria Trindade Batista e prossegue até a terça-feira (21).

O Encontro terá apresentações artísticas, oficinas e exposições de trabalhos. Logo após a solenidade de abertura, será servido um jantar com feijoada, prato típico da cultura afro no Quilombo, que fica ao lado da Escola. O valor do ingresso é R$ 20,00 e pode ser adquirido antecipadamente no local do evento ou com os professores.

A professora Rosemary Canara, organizadora do Encontro, diz que será muito importante a presença de toda população de Palmas e região. "Esperamos que todos venham prestigiar o evento, que preparamos com todo carinho", ressaltou.

As oficinas, segundo Rosemary, serão ministradas por professores do Colégio, que darão mini aulas sobre Capoeira, Dança Afro, Contação de História, Empoderamento Afro-Turbante e Bonecas Abayomi.

"A participação nas oficinas é para todos", disse o presidente da Comunidade Quilombola, Alcione Ferreira da Silva. Que completou: "Quem se interessar, é só chegar no Colégio Municipal São Sebastião a partir das 10h da terça-feira".

Histórico
A formação do município Palmas tem uma forte presença afrodescendentes, que contribuíram desde o início da colonização da região, nas décadas de 1830 e 1840. Atualmente, a cidade possui três comunidades quilombolas, sendo que todas são certificadas pela Fundação Palmares, totalizando 420 (quatrocentas e vinte) famílias.

No princípio, todas formavam uma só, mas acabaram divididas pelos núcleos familiares. A identidade de um quilombo não se define pelo tamanho e número de seus membros, mas pelas experiências vividas e compartilhadas de sua trajetória enquanto grupo.

A definição Quilombola é resultado da luta dos descendentes de escravos negros cujos antepassados no período da escravidão fugiram dos engenhos de cana-de-açúcar, fazendas e pequenas propriedades onde executavam diversos trabalhos braçais para formar pequenos vilarejos chamados de quilombos.

A comunidade Adelaide Maria Trindade Batista, no bairro São Sebastião, leva o nome da matriarca fundadora e sua primeira líder vinda do Rio Grande do Sul com as primeiras expedições que chegaram e se instalaram na região. Atualmente a liderança da comunidade é de Maria Arlete Ferreira da Silva.

A comunidade Castorina Maria da Conceição Essa, que já foi chamada de Fortunato, recebeu o nome atual em homenagem à matriarca fundadora Castorina Maria da Conceição. Por fim, a comunidade Tobias Ferreira, no bairro Lagoão, levou o nome do primeiro escravo da fazenda Pitanga.

Programação do VIII Encontro da Consciência Negra

20/11 (segunda-feira)
19h – Abertura oficial do evento
Apresentações artísticas do Grupo de Dança Perola Negra e Grupo de Capoeira
20h – Jantar Afro Feijoada
Local: Quilombo Adelaide Maria Trindade Batista
Valor: R$ 20,00 (venda antecipada no Colégio Quilombola ou com os professores)

21/11 (terça-feira)
10h – Início das Oficinas
Local: Salas de aula da Escola Municipal São Sebastião
11h – Intervalo
11h15 às 11h45 – Encerramento das Oficinas
13h30 – Exposições de trabalhos pedagógicos e artesanatos, desfile afro e apresentações artísticas culturais
17h – Encerramento das atividades