Em todas as escolas da rede municipal de ensino, os professores estão desenvolvendo o Projeto Leitura. Com base na realidade de cada uma, os coordenadores do projeto buscam uma maneira de incentivar as crianças ao universo do conhecimento através dos livros. O projeto envolve não apenas a leitura, mas também a interpretação dos textos através de apresentações teatrais e redações.

“O objetivo é estimular a criatividade das crianças e levá-las a reflexão para que possam produzir uma consciência crítica”, revela a diretora do Departamento de Educação, Regina Beatriz Hister. Segundo ela, ao criar o hábito da leitura nas crianças, eleva-se o conteúdo intelectual do conhecimento que vai se refletir tanto no aprendizado da escola como na sociedade.

Na escola Nossa Senhora de Fátima, o projeto também contempla os pais de alunos e a comunidade escolar. “A adesão foi significativa, com notável engajamento e participação da comunidade”, informa a coordenadora do projeto Rosemeri dos Santos. Ela conta que os educadores estão atuando diariamente com o programa Comunidade que Lê, que já conta com mais de 500 famílias.

“Alunos e pais se envolvendo na leitura, isso é extremamente positivo e gratificante”, diz ela, ao enfatizar que a escola trabalha ainda com oficinas de Canto e Corda, Dança, Informática, Letramento, Matemática e Artes.

Todas as escolas possuem salas de leituras e bibliotecas à disposição dos alunos e dos docentes para a prática das atividades. A coordenadora da escola Tia Dalva, Marcia de Campos Biezeki, informa que são desenvolvidas atividades diferenciadas com todas as crianças. “Além de emprestar livros (os alunos possuem carteirinhas para controle da biblioteca), eles também assistem vídeos educativos e realizam contação e dramatização de histórias, por meio de um sistema de som que abrange todos os espaços da escola”, explica Marcia.

Para as coordenadoras do projeto da escola Senhorinha, Ana Maria Moro, Ana Cláudia Friedrich e Maristel Anghenuni, as atividades visam mexer com o imaginário das crianças e da comunidade escolar, despertando o interesse e o gosto pela leitura. “Acreditamos que a leitura tem poder absoluto na bagagem cultural do indivíduo. Precisamos formar cidadãos capazes de utilizar o conhecimento em favor da sociedade”, afirmam elas.

A escola Terezinha Marins Petris, reiniciou as aulas com o projeto A Magia da Leitura e Seus Encantos. O projeto também contempla todas as turmas do ensino infantil, fundamental, professores e funcionários, na contação de histórias. A escola ainda desenvolve o projeto Sacolinha da Leitura, onde os alunos levam para casa livros e revistas para realizarem leitura e atividades com a família.

Dentro do projeto Leitura, as escolas tem liberdade para definir que atividades vão desempenhar para estimular a leitura nas salas de aula. A escola Nerasi realiza, semanalmente, exposições em salas e corredores, dos trabalhos feitos com os alunos. A diretora da escola, Irondina Lopes de Souza, acredita que “adquirindo esse hábito, os alunos aprendem a recriar o que já foi criado, repensar o que já foi pensado e representar o que está implícito em cada um. Temos o compromisso de recriar nossa realidade de acordo com os princípios que norteiam nossa concepção de sociedade”.

Nas escolas em período Integral, São Sebastião, Pequena Águia e Oscar Röecker, as oficinas de leitura são um espaço do conhecimento, que envolvem muito aprendizado. Artes, Pintura, Cultura Digital, Lendo e Filosofando, Jornal Escolar, Ler Muito Prazer, Teatro e Brincar e Aprender Dançando, são algumas das oficinas da escola Oscar Röecker, que remetem ao conhecimento através de leitura e pesquisas. A coordenadora do Projeto Leitura, Viviane Brasil Silveira, avalia que o gosto pelos livros promove a autonomia da pessoa humana.

“A pessoa que lê conhece o mundo e, conhecendo-o terá condições de atuar sobre ele, modificando-o e tornando-o melhor”, descreve a coordenadora da Pequena Águia, Roselia Carbonar. Para ela, a missão do docente é criar indivíduos que reproduzam uma sociedade cada vez melhor, mais humana e socialmente justa. “O conhecimento é capaz de fazer essa transformação nas pessoas, e nós temos essa responsabilidade com nossas crianças”,salientou ela.

Na escola São Sebastião, a leitura é considerada como forma estratégica para difundir a compreensão no desenvolvimento da cidadania. A oficina de literatura da língua portuguesa estimula os alunos à leitura de textos e poemas, que depois se transformam em apresentação de Contação de Histórias, onde as crianças interpretam o objeto da leitura.

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