O tropeirismo faz parte da história de Palmas, e pensando neste sentido a Divisão de Cultura e Turismo promoveu a vinda desses cavaleiros fazendo um resgate cultural.

Aceitando o convite, o grupo Tropeiros dos Campos de Palmas participou ativamente das comemorações dos 131 anos de emancipação político administrativo do município.

Durante três dias percorreram os “Caminhos dos Tropeiros”, passando pelas seguintes fazendas: sábado (11), saída às 13h da fazenda da Guarita, município de Cel. Domingos Soares, pernoitando na fazenda Brasília; almoço fazenda Vitor Pacheco e passando pela propriedade do promotor de Justiça, Javert; pernoite na fazenda São Pedro de Joaquim Ribas, onde fica localizado o carreiro onde os tropeiros passaram nos tempos antigos voltando pela fazenda do Dr. Auro da Ap. Ramos de Mello e depois passando pela fazenda da Cruz de Ademir Siqueira. Passaram pela prefeitura na terça-feira por volta 17h. As refeições, a maioria feitas por Miguel Osório, eram a base de paçoca de pinhão, rapadura, coalhada, virado de feijão, churrasco entre outras.

E, na quarta-feira depois de uma churrascada no CTG Campos de Palmas juntamente com o prefeito Hilário Andraschko e o representante do Legislativo municipal, vereador Vilmar Borges se deslocaram ao Parque da Gruta, chegando às 15h para a solenidade.
Um dos expoentes desse movimento, Sr. Joaquim Ribas, comentou que a finalidade dessas cavalgadas é manter viva a história, pois foram os tropeiros que desbravaram a região e foram responsáveis pela abertura dos caminhos que trouxeram o desenvolvimento às cidades e a próprias fazendas com o antigo Caminho das Tropas. No seu ponto de vista, a tropa não era apenas a condução de animais, mas uma verdadeira universidade em movimento, porque o tropeiro foi um agente civilizador do Brasil.

“O ciclo do tropeirismo é o mias longo da história do Brasil durou dois séculos e meio, aqui iniciou em 1725 com a abertura do Caminho de Viamão e prolongou-se até 1940, todas as cidades mais antigas nasceram ao longo do Caminho das Tropas”, contou.
Ribas sente-se contente em ver tantos jovens integrados ao movimento e mantendo a cultura.

O prefeito de Palmas, Hilário um entusiasta da tradição, acompanhou os cavaleiros até chegarem ao Parque da Gruta. Em seu pronunciamento disse que esses homens estão vivendo e revivendo a caminhada que fizeram os tropeiros trazendo o progresso. Parabenizou os tropeiros que passaram três dias cavalgando e enfrentando desafios. Também citou os nomes de Waldomiro Ribas, Vitor Pacheco, Joaquim Ribas e o coordenador dessa juventude através de Moacir Camargo.

“Esta data deve ficar marcada para sempre, não é uma simples cavalgada, mas a história de um passado. Queremos premiar os antepassados que com muito sofrimento conduziram essa Palmas de um povo magnífico por isso precisamos manter viva a cultura”, concluiu o chefe do Executivo Municipal.

Moacir Camargo um dos fundadores dos Tropeiros dos Campos de Palmas relembrou que o município tem suas raízes no campeirismo. Por isso foram organizadas as cavalgadas revivendo a história dos antepassados e fundadores de Palmas. “Cada uma das fazendas mostram suas histórias existe uma integração entre as famílias mantendo esse laço fraternal,” enfatiza.

Vale ressaltar que os Tropeiros dos Campos de Palmas já estão devidamente formalizados através de Livro Ata.

Camargo conta que o próximo evento acontece dia 15 de setembro percorrendo o “Caminho dos Tropeiros”, na integra entre União da Vitória e Palmas, onde os antepassados faziam ao levar sal e açúcar no lombo das mulas cargueiros e carroças. A chegada acontece dia 20 do mesmo mês onde é comemorado o dia do Gaúcho, haverá uma programação especial em Palmas.