Palmas vem homenagear seus antepassados, que contribuíram imensamente para nossa formação, dando visibilidade a uma ideia que tornou-se projeto e que hoje está se concretizando, com a edificação do portal de entrada de nossa cidade que faz referência a cultura tropeira, e as nossas raízes, diante deste recorte históricos, se faz necessário um breve relembrar, desta forma nas próximas edições estaremos disponibilizando mais informações sobre o estudo histórico/cultural desenvolvido pelo Departamento de Turismo e divisão de Cultura da Prefeitura Municipal de Palmas, sobre os elementos que estarão compondo o referido Portal e seus monumentos.

Palmas e o Tropeiro

Palmas, cidade centenária que fez crescer e desenvolver o Sudoeste de nosso estado através de sua localização geográfica,integrou-se a rota dos Tropeiros. Hoje considerada como patrimônio cultural imaterial de nosso estado a rota dos tropeiros desenvolveu ao longo dos anos um importante corredor por onde circulavam bravos homens levando riqueza e desenvolvimento a locais distantes. Há de se considerar que o tropeiro, além de sua atividade normal de conduzir a tropa, era um comerciante, pois, no transcorrer de sua jornada, comprava e vendia animais e outras mercadorias. Foi exímio propagador de notícias, causos e costumes, emissário e agente cultural, levou recados e receitas, contava novidades para aqueles que habitavam em lugares isolados. Era respeitado e considerado sabedor. O tropeiro com sua forma lendária e peculiar foi personagem que fez integração. A sua influência foiconsiderada como um fator importante no processo civilizador, nas terras paranaenses é notada com grande ênfase no linguajar popular, em que grande número de expressões ficaram integradas na cultura que se difundiu, tornando-se de uso corrente, por onde estes passavam. No folclore paranaense, há grandes manifestações místicas, crendices, lendas ou “causos” oriundos do período do tropeirismo, como aparições da Virgem Maria, do Monge João Maria, causos de assombrações e de tesouros enterrados " As panelas de dinheiro", sem falar nos conhecimentos ainda hoje difundidos da “medicina tropeira”, como benzimentos, simpatias, emprego de ervas medicinais e outros procedimentos. Essas e outras influências tropeiras como códigos de honra, em que se destacam atitudes como não entrar na casa alheia pela porta dos fundos, nunca deixar uma porteira aberta ao passar, deixar lenha seca no pouso para uso da próxima tropa, honrar a palavra dada, se faziam presente neste processo, e ainda hoje são lembradas pelos mais velhos.
Hoje, redescobertaturisticamente, a Rota dos Tropeiros continua nos propiciando uma série de outras oportunidades: como conhecimento, cultura,