Os fortes ventos, seguidos de intensa chuva que caíram em Palmas na noite passada, provocaram destelhamento em duas casas na região do bairro Aeroporto. Logo pela manhã o serviço de assistência social da prefeitura, percorreu o local avaliando os estragos. Em uma das moradias, tudo foi arrancado, inclusive as madeiras que seguravam as telhas de brasilite. A casa que fica ao lado foi atingida pelos estilhaços e ficou parcialmente destelhada.

A assistente social Cleide Sperotto, coordenadora do Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas), falou com as famílias para levantar as necessidades e o material que será necessário para a cobertura das moradias. De acordo com ela, na casa que ficou totalmente descoberta, haverá necessidade de providenciar madeiras e telhas. “Além disso, a família perdeu praticamente tudo. Vamos buscar formas de ajudá-los também com roupas, colchões, cobertas e comida”, disse Cleide.

Susto – morando há cinco anos no local, Ivonete Batista, 29 anos, ainda estava assustada com tudo que aconteceu durante a madrugada. “Nunca vi nada igual. Foi um pavor. A primeira coisa que eu e meu marido pensamos foi salvar as crianças (12, 9, 6 anos). Corri para a rua gritando e pedindo socorro. Foi horrível. Agora vamos ter que reconstruir tudo. Graças a Deus que vamos poder contar com essa ajuda da Prefeitura”, desabafou Ivonete.

Na casa ao lado, que foi atingida pelos destroços, vivem Luiz Fernando, 25 anos, a esposa Silvana Aparecida Marins, 30 anos, e mais dois filhos (9 e 5 anos). Eles moram a seis anos na casa e pela primeira vez passaram por esse tipo de calamidade. “Deus permita que isso nunca mais aconteça. A sensação é horrível. Não tem o que fazer e não se tem idéia do tamanho do estrago. A gente só pensa em tentar salvar os filhos e nós mesmos”, lembra Silvana. O marido Luiz concorda e avalia dizendo que “nosso estrago foi menor que o da vizinha, mas o susto foi imenso. Ainda bem que o pessoal do Creas vai ajudar a recuperar parte do que se perdeu”.